Para o consumidor, os produtos recondicionados apresentam qualidades técnicas a um preço reduzido. Estes produtos têm vantagens económicas consideráveis já que, em alguns casos, um produto recondicionado pode ter um preço 50% inferior a um produto novo. Para além disto, no que diz respeito à relação de custo/utilização, um custo menor permite não só alargar significativamente o período de utilização destes produtos, como também a sua gama de aplicação. Os produtos recondicionados, apesar de ainda poderem ser associados a produtos de baixa qualidade, tal como foi descrito anteriormente, são sujeitos a rigorosos processos de verificação e de teste e por isso apresentam a qualidade e a fiabilidade comparáveis aos produtos novos.
Estes produtos permitem também o aumento do ciclo de utilização das viaturas que compõem parque automóvel atual, dando ao consumidor soluções de reparação e substituição de produtos que já não são disponibilizados pelos fabricantes, enquanto produto novo.

Para os fabricantes automóveis e de peças , os produtos recondicionados introduzem um novo canal de vendas e permitem reduzir os custos de produção. A colocação no mercado de produtos de qualidade a um preço reduzido, cria um canal de receitas alternativo que, em certos casos, pode significar uma maior rentabilidade na venda quando comparados com produtos novos. Estes produtos permitem reduzir significativamente os custos de produção, no sentido em que os fabricantes não têm necessidade de adquirir matérias primas essenciais à produção de novos produtos e também pelo facto das linhas de produção poderem ser reaproveitadas para fabricar novos produtos. Em alguns países, os produtos recondicionados permitem também reduzir os custos com garantias, na medida em que o período que os fabricantes devem garantir o funcionamento dos produtos é inferior.

Para o meio ambiente , os produtos recondicionados permitem a redução do consumo de energia associado ao fabrico de novos produtos e por isso diminui a emissão de gases nocivos para a atmosfera. A energia despendida no recondicionamento de produtos é significativamente inferior à energia associada à produção de um produto novo. Assim, os produtos recondicionados, porque resultam da reutilização de componentes que se encontram em boas condições e podem ser reaproveitados sem por em causa a fiabilidade do produto, podem poupar os recursos energéticos associados à produção de produtos novos. A utilização de produtos recondicionados, para além de permitir poupar a energia associada ao fabrico de produtos novos, reduz também a necessidade de extrair matérias primas e, por consequência, todos os custos e danos ambientais associados à exploração de recursos naturais são evitados. Segundo a APRA, associação que representa as empresas de reconstrução automóvel, estima-se que a adoção de práticas que favoreçam o alcance de uma economia circular no mercado após-venda, permitirá a poupança de até 90% de CO2 e de até 85% em materiais, por ano.