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Caixas de Velocidade

Os fabricantes de automóveis estão cada vez mais a optar por aplicar caixas de velocidade automáticas como equipamento de serie nos veículos novos. A adoção por parte dos fabricantes de automóveis de caixas automáticas, prende-se sobretudo pela redução de consumos e emissões de poluentes e com a capacidade de os motores produzirem cada vez maiores binários, isto aliado a um maior conforto de condução.

Características
  • Função principal das caixas de velocidades: desmultiplicar e distribuir a potência e rotação do motor para as rodas.

  • Possibilidade de obter diferentes gamas de binário e/ou rotação.

  • Adaptação às solicitações do condutor e às condições da estrada.

Através de uma relação de transmissão poderemos alterar o binário de saída ou a rotação. Esta relação é dada pelo número de dentes do par de carretos através da equação

Por exemplo, se tivermos um carreto de entrada (ligado à cambota) com 5 dentes, e um carreto ligado ao veio de saída para o diferencial com 10 dentes, ao calcular a relação de transmissão iremos ter uma relação de 2:1. Ou seja, por cada volta do carreto primário, o carreto do secundário dá 2 voltas, traduzindo-se num incremento de rotação.

Por outro lado se tiver um com 10 e um de 20, então a nossa relação é de 0,5:1, ou seja por cada volta no veio de entrada, o veio de saída não chega a dar uma volta completa. Neste caso temos uma relação que serve para multiplicar o binário a ser transmitido às rodas.

Caixa de velocidades

Na figura 1 está representado um exemplo de funcionamento de uma manual nas suas posições de neutro e com a primeira velocidade engrenada. No exemplo podemos observar o fluxo de transmissão e ao aplicar uma rotação no veio de entrada de 1000 rpm em primeira velocidade, à saída temos uma desmultiplicação de 250 rpm. Ou seja, temos uma relação de força, pois a rotação de entrada (vinda do motor) é reduzida para um quarto à saída para o diferencial ou rodas.

Figura 1 - Fluxo de Potência.

Categorias Distintas

Existem no mercado inúmeras soluções em termos de caixas de velocidade quer para veículos ligeiros quer para veículos pesados dividindo-se em 3 categorias.

  • Caixas velocidade manuais

  • Caixa de velocidade pilotadas/robotizadas

  • Caixas velocidades automáticas

A generalidade dos veículos ainda são equipados com caixas de velocidade manuais. Estas caixas apresentam uma construção simples e eficaz, com relativamente poucos componentes face às caixas automáticas, o que as torna mais fácil e económicas de fabricar. A sua constituição não difere muito das primeiras caixas de velocidade desenvolvidas e são compostas de grosso modo por veios de entrada e de saída, pares de carretos, anilhas sincronizadoras, luvas, garfos ou forquilhas e um grupo cónico (diferencial).


As caixas automáticas por seu lado possuem muitos mais componentes internos, comparativamente às caixas manuais. São caixas que apresentam uma construção diferente e mais complexa, o que as torna mais difíceis de produzir e consequentemente mais caras de adquirir. Por outro lado, normalmente são caixas em que a montagem no veículo costuma ser mais rápida e simples. Dependendo do ano de fabrico da caixa, são constituídas sobretudo por trens epicicloidais, discos de embraiagem, discos de metal, pistões, filtros, cintas, bomba de óleo, grupo de válvulas e conversor de binário.

Variantes

Uma variante das caixas de velocidades automaticas são as CVT – “Continuously Variable Transmission” (Caixa de variação contínua). O princípio de funcionamento é baseado na transmissão de potência por via de uma corrente ou correia.

As relações de transmissão desde a mais baixa até à mais alta, são controladas por incrementos e decrementos de forma contínua através dos variadores (figura 1). Assim, em teoria estas caixas possuem múltiplas relações de caixa que à medida que aumenta a rotação faz com que a chamada “passagem de caixa” praticamente não seja sentida.

Figura 2 - Variação da relação de transmissão numa caixa do tipo CVT

Caixas pilotadas ou robotizadas

Entre as caixas manuais e as automáticas temos as caixas pilotadas ou robotizadas. Este tipo de caixas de velocidade caracteriza-se por ser um misto do tipo caixa manual com controlo automático. Em termos práticos, este tipo de caixa tem todos os componentes associados a uma caixa manual (carretos, sincronizadores, garfos, etc) mas com uma parte robotizada que faz a gestão e controlo da passagem de caixa, leia-se velocidades. Esta atuação tipicamente é realizada de forma electro-hidráulica.

Atualmente as caixas de velocidade automáticas têm por base no seu funcionamento a pressão hidráulica do óleo, e são controladas eletronicamente com a adoção cada vez maior de unidades de controlo de caixa incorporadas dentro da mesma.

Independentemente do tipo de caixa, todas têm um elo em comum: lubrificação.

Lubrificação

A lubrificação nas caixas de velocidade, e sobretudo nas caixas automaticas, é tal como nos motores, fundamental para o bom funcionamento de todo o sistema.

Uma má ou inexistente manutenção da caixa de velocidades automática, leva a inúmeros problemas, que depois afetam o grupo de válvulas, conversores, pistões, embraiagens, etc.

Também a utilização do lubrificante correto, que cumpra as normas do fabricante, reduz a possibilidade de vir a ocorrer alguns tipos de falhas ou queixas por parte do condutor.

or exemplo, a utilização de um lubrificante de caixa automática de especificação inferior à recomendada pode fazer com que os tempos de atuação da caixa não sejam os corretos. Tal deve-se às diferentes viscosidades dos óleos. O lubrificante mais comum nas caixas velocidade automáticas é o ATF. Apesar de muitas das vezes o lubrificante ATF ser todo semelhante, na realidade, este é muito diferente, fruto da evolução tecnológica dos mesmos. Uma caixa de velocidades automática é parametrizada de fábrica para um determinado óleo que cumpre determinadas características, entre as quais o tempo de passagem de caixa. Se o óleo possuir uma viscosidade diferente da do recomendado, o tempo de passagem de caixa é alterado podendo daí advir diversos problemas e queixas.

Apesar de nos últimos anos muitos fabricantes afirmarem que as caixas mais recentes não necessitam de manutenção, os técnicos da LDauto têm vindo a deparar-se que as mesmas beneficiam da mudança de óleo e filtro, evitando assim desgastes prematuros entre outros problemas.

Na imagem 2 podemos ver a evolução da degradação do lubrificante do tipo ATF de uma caixa velocidades automática.

Figura 3 - Estado do lubrificante de caixa de velocidades ao longo do seu funcionamento

À esquerda o lubrificante apresenta-se no seu estado novo e a caminhar para a direita pode-se observar a degradação ao longo da utilização da caixa.

Quando o estado do óleo chega ao ponto de saturação máximo, este perde as suas propriedades de lubrificação, tornando-se menos viscoso, o qual irá afectar o funcionamento do grupo de válvulas, por exemplo.

Outro problema que pode advir da falta de mudança de lubrificante é o entupimento do filtro da caixa com partículas/limalhas decorrentes da degradação do óleo da caixa.

Desta forma a LDAuto – Leiridiesel recomenda uma manutenção preventiva da caixa sensivelmente a cada 60 000km com a substituição de óleo da caixa indicado e respetivo filtro. A LDAuto dispõe de técnicos certificados e de equipamento específico para a substituição de óleo das caixas de velocidade, pelo método de dialise.